Crítica | O Incrível Hulk

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O segundo filme do universo cinematográfico da Marvel funcionou mais como aprendizado do que como filme propriamente. Hoje, dez anos e 17 filmes depois, o Hulk de Edward Norton nem parece fazer parte da história de sucesso do estúdio. 

Sendo honesto, de todos os mais populares e importantes heróis dos quadrinhos, Hulk tende a ser o mais difícil de se fazer um filme sobre. Além de Thor, que também teve um caminho tortuoso até enfim achar sua zona de conforto em um filme solo (que por acaso tem o Hulk nele). É complicado fazer um filme sobre um gigante verde, praticamente imortal, destruindo coisas sem qualquer controle, pois enquanto o paralelo Hulk/Bruce Banner é um assunto interessante, não é tarefa fácil encontrar um vilão a altura de um personagem tão poderoso. Mais difícil ainda é se preocupar com alguém que não morre nem se tentar.

Dito isso, o diretor Louis Leterrier, em conjunto com o roteirista Zak Penn, conseguiram fazer um filme funcional, mas que nem de perto consegue resolver estes problemas pré-impostos com a essência do personagem. "Hulk" tem motivações e um desenvolvimento plausível, com um CGI eficiente para época, mas apenas colocar outro monstro para lutar com ele não torna este filme humano o suficiente para encaixar com instalações futuras do estúdio. 

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Edward Norton, que por acaso, não é a primeira vez que vive um personagem com dupla personalidade, está bem no papel, mesmo que o material dado a ele não permita que todo seu talento possa ser explorado. Ele é mais ator que Mark Ruffalo, que também é bom, na verdade, figura entre os melhores talentos a já estarem envolvidos com o MCU. Há uma falta de impacto no elenco de apoio também. Liv Tyler, Tim Roth e William Hurt são ótimos atores, mas não marcam em nada os papéis que lhe são dados. 

O verdadeiro problema do casting, no entanto, está no fato de que Norton já havia feito diversos personagens icônicos. A Marvel percebeu, após este filme, que o caminho certo é inverter: atores estabelecidos, mas de pouco sucesso, para ser o herói principal, afim de conectá-los com aquele personagem aos olhos dos fãs quase os tornando um só, e um elenco de apoio o mais talentoso possível para dar suporte de qualidade a história. 

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"O Incrível Hulk" é um dos primeiros, mas menos lembrados filmes da Marvel. Apesar de suas qualidades, não consegue trazer com eficácia um dos heróis mais populares dos quadrinhos para as telonas. Com a futura substituição de Norton por Mark Ruffalo, este nem parece mais um filme canônico do estúdio.

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