Crítica | Homem Aranha: Longe de Casa
O primeiro filme do Universo Cinematográfico da Marvel pós “Vingadores: Ultimato” chega para levar adiante o legado dos heróis e dar início à nova grande fase da empresa.
“Homem Aranha: Longe de Casa” é um filme sobre luto e saudades que reflete em bom tom o apreço e falta de seus heróis principais. Peter Parker se vê em um mundo que está são e salvo, mas que ainda não faz 100% de sentido. E ele, assim como os fãs, sente muita falta do Homem de Ferro de Robert Downey Jr. E o filme se trata justamente da tentativa de Peter em honrar o trabalho de seu mentor.
Não é fácil para o adolescente lidar com o fardo de ser o possível sucessor do maior herói de seu universo. E é justamente essa dificuldade que nos traz conflitos deliciosos durante toda a trama. Peter quer descanso, quer curtir a Europa com seus amigos, quer se declarar para MJ. Mas o Universo conspira contra ele. Nick Fury e tia May não o deixam esquecer que antes de ser um rapaz do colegial, ele é um super-herói e tem um dever a cumprir, afinal, “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”.
E é essa dualidade entre dois mundos que torna o filme tão engraçado. As piadas são de bom gosto e não se baseiam somente no diálogo, mas também em recursos visuais e tem um timing certeiro. Mas, se comparado com o último “Vingadores”, o longa é mais lento e pode decepcionar àqueles que estejam à procura de um filme de ação.
No entanto, as artimanhas do vilão são interessantíssimas e nos sentimos impotentes quanto Peter Parker ao enfrentá-lo. Os efeitos especiais brilham nas cenas de luta levando o espectador para dentro da tela encarando o desconhecido.
As cenas pós-créditos (há duas delas) talvez sejam o ponto alto do filme. São elas que fazem o Homem Aranha deixar de ser o “herói da vizinhança” para encaminha-lo à uma possível futura liderança dos Vingadores. E também mostram que talvez ainda tenha mais uns 10 longos anos de filmes da Marvel pela frente.