Crítica | O Dia do Sim

yes-day-netflix.jpg

Sabe aquele filminho pipoca digno de uma Sessão da Tarde, que você normalmente assiste sem nenhum compromisso ou expectativa? Pois é, O Dia do Sim, a mais nova comédia da Netflix, é um desses.

Baseado no livro infantil da autora americana, Amy Krouse Rosenthal, O Dia do Sim é uma comédia fraca e mediana, com piadas forçadas e enredo previsível. Com um pouco mais de uma hora e meia de duração, este filme tenta arduamente espremer risadas de sua audiência, mas com muito pouco sucesso.

Dirigido por Miguel Arteta, o filme conta a história de um casal que, por um dia inteiro, decide dizer sim aos pedidos mais mirabolantes dos filhos. Quando Allison e Carlos Torres (Jennifer Garner e Édgar Ramirez, respectivamente) sāo desafiados a provarem que podem ser pais divertidos, a família inteira embarca numa aventura fora do comum.

Embora O Dia do Sim tenha uma premissa interessante, a execução foi, infelizmente, cheia de platitudes. Não há nada neste filme que já não tenhamos visto anteriormente, como a mãe super protetora, o pai ocupado demais para dar tempo à família, a adolescente rebelde, e um enredo tão previsível que é possível saber como o filme vai terminar ainda nos primeiros 20 minutos da trama - exatamente onde a história começa a se tornar chata até mesmo para o público mais jovem.

Entretanto - e apesar de um roteiro que se apressa para levar seus personagens de um ponto para outro, sem desenvolvê-los de maneira eficaz - tanto Jennifer Garner como Édgar Ramirez dão seu melhor, especialmente quando as situações em que seus personagens se envolvem beira o ridículo. Tê-los como protagonistas faz com que o filme seja, pelo menos, um pouco mais fácil de se assistir.

É uma pena que O Dia do Sim nunca encontre seu momento, mas não necessariamente uma surpresa. Com exceção de Alexandre o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso, outro projeto de Arteta que também contou com Garner como protagonista, mas que fluiu de maneira mais natural, o diretor porto-riquenho sempre erra a mão quando o assunto é comédia. Seu último filme, Sócias em Guerra, lançado ano passado, não só recebeu apenas 22% de aprovação no site Rotten Tomatoes, como também foi chamado de o tipo de filme de faz “a audiência se sentir roubada de seus investimentos”.

Em termos financeiros, ainda bem que esse não será o caso com O Dia do Sim, que estreou na Netflix semana passada e que pode ser visto por qualquer assinante sem nenhum custo adicional. Mas a menos que você esteja disposto a gastar 85 minutos de seu tempo sem ganhar nada em troca, O Dia do Sim não é para você.

3

Anterior
Anterior

Crítica | Liga da Justiça: SnyderCut (versão de Zack Snyder)

Próximo
Próximo

Crítica | Para Todos os Garotos que Já Amei: Agora e Para Sempre