Crítica | Dolittle

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RALPH FIENNES É BARRY. OCTAVIA SPENCER É DAB-DAB. MARION COTILLARD É TUTU. SELENA GOMEZ É BETSY. TOM HOLLAND É JIP. RAMI MALEK É CHEE-CHEE. JOHN CENA É YOSHI. E DOLITTLE É FACILMENTE UMA DAS PRODUÇÕES MAIS BIZARRAS DE 2020.

Após algumas mudanças na produção, adiamento de estreia, regravações feitas por outro diretor e diversos rumores sobre o clima nos bastidores de “Dolittle”, o longa finalmente vem a público e o resultado final transparece a todo momento a falta de consistência que cerca o novo trabalho como protagonista do astro Robert Downey Jr.

“Dolittle“ começa com uma bela sequência em animação, onde somos introduzidos a uma resumida história de origem do personagem, narrando sua crescente fama em virtude de sua habilidade de falar com animais, o romance com sua esposa, a importância de sua figura e da mansão Dolittle onde tratava animais de todo o mundo até a trágica morte de sua amada, que fez com que o doutor se isolasse do mundo exterior com uma promessa de nunca mais voltar a conviver com humanos.

Anos se passam e o doutor é requisitado pela rainha Victoria pois esta se encontra na iminência de morrer, após ser envenenada por uma substância desconhecida. Dolittle reluta muito em ajudar a rainha mas após algumas tentativas de convencimento por parte de seus amigos animais ele aceita partir ao palácio real para se inteirar da situação. Junto de seus companheiros, Dolittle descobre que a rainha só pode ser salva caso beba o suco do fruto da Árvore do Éden, essa que se encontra em uma ilha distante cuja existência nem mesmo é certa.

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Ao longo da jornada, além de seus amigos animais, Dolittle é acompanhado por Tommy Stubbins (Harry Collett), um jovem que, inspirado pelo doutor, sonha em aprender a se comunicar com animais para poder ajudá-los. Como esperado, diversas desventuras ocorrem pelo trajeto, essas causadas em grande parte pelo Doutor Blair Müdfly (Michael Sheen), um antigo colega ressentido de Dolittle. Em uma dessas somos introduzidos ao Rei Rassouli (Antonio Banderas), sogro de Dolittle, que após alguma relutância por rusgas passadas resolve ajudar o doutor na procura do fruto.

No terceiro ato do filme, após finalmente alcançar a ilha, uma dos momentos mais estranhos do filme acontece de forma muito inesperada. É revelado que a guardiã da Árvore é uma dragoa (sim, isso mesmo) e após um conflito entre os personagens Dolittle usa do diálogo para acalmar a guardiã e percebe que ela possui um problema interno que apenas sua capacidade como médico animal é capaz de resolver. Então Dolittle performa um procedimento bastante curioso na personagem conseguindo por fim acesso a árvore e a conquista do fruto, sendo assim capaz de salvar a rainha.

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Um dos grande problemas de Dolittle se deve a pressa na tentativa de melhorar o filme para o grande público, o que causa uma diversidade de inconsistências na narrativa, personagens mal desenvolvidos, conclusões estranhas e efeitos especiais vacilantes. Entretanto, no final, alguns momentos mesmo que excessivamente bobos podem funcionar para o público infantil.

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