Crítica | Colossal

Após ser adiado aqui no Brasil, Colossal não foi um tremendo sucesso lá fora e não aparenta ser um grande lançamento aqui também. A volta de Anne Hathaway após dois anos sem aparecer nas telonas no papel de Gloria, nas mãos do diretor Nacho Vigalondo, foi algo diferente do que estamos acostumados a ver. Com outros nomes de Hollywood como Jason Sudeikis que conseguiu contracenar muito bem com a atriz e ajudou a carregar boa parte do filme. Sem tirar os créditos de Hathaway, embora não tenha sido o seu melhor papel nos filmes, ela conseguiu nos passar o que era para ser passado. Para quem não conhece os estilos de Vigalondo, este pode ter sido um projeto inovador.

Com uma pegada de terror psicológico, porém de leve, o filme se inicia de modo morno, apenas demonstrando algumas manias de Gloria, que tomarão um rumo maior a medida que o longa se desenrola. O ator Jason Sudeikis foi muito bem escalado para compor o papel de Oscar, não dando muitas informações, ele é um amigo de infância de Gloria. Ao lado de Oscar temos seus dois amigos, Garth (Tim Blake Nelson) e Joel (Austin Stowell), ambos servem de alivio cômico, porém mais interno entre o elenco, sem um contato com o público. A narrativa se transforma da metade do filme para o final, aquela inovação mencionada, se mostra maior nesta determinada parte. 

O roteiro do filme foi desenvolvido com diálogos, tentando ser complexo, mas da maneira passada foi um pouco mais completa que isso. Momentos entre Gloria e Oscar passam tensão e ao mesmo tempo um tom cômico. A premissa de uma personagem crescer como pessoa foi bem colocada, mas demorou mais do que o necessário para se desenvolver. Anne Hathaway conseguiu mostrar uma posição negativa para sua personagem, o que de fato se encaixou muito bem. Ao encontro do personagem de Jason Sudeikis, nos deparamos com uma queda de atuação por parte do ator, talvez por ter a tarefa de se impor a personagem Gloria, o que o fez um pouco defensivo. Este longa não passa no teste de bechdel, mas com uma demonstração de força e crescimento feminino, possa valer mais que um simples teste.

Por ser um filme simples, contém bons efeitos visuais, efeitos sonoros e uma trilha que não afeta muito na trama. Colossal foi bem pensado, bem escrito, bem produzido mas o final poderia ter algo mais além do que foi passado. O nível da direção foi mediana e a adição do personagem de Dan Stevens, que foi algo que só serviu para construir a base de Gloria, foi descartável após a sua segunda aparição. O filme é bom, possui erros simples que não estragam a história, o elenco foi bem escalado para um enredo que não exige muito de cada um e um bom trabalho de Anne Hathaway na sua volta as telonas. 

7,5

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