Os Melhores (e Piores) Pais do Cinema

Sentamos para fazer uma postagem sobre pais e percebemos que, diferente das mães, os ruins surgem com tanta, ou mais frequência, do que os bons - por que será, né?

Logo, decidimos dividi-los em pais bons, ruins e duvidosos, sem qualquer ordem específica, apenas dicas de bons filmes (este é o único critério além do principal) onde a figura paterna é central na narrativa. Ah, e mantenham em mente que optamos por pais mais recentes, exceto por alguns nomes.

Sem mais delongas, aqui vamos nós:


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pai duvidoso | Darth vader

Anakin saiu pra comprar cigarro em outra galáxia e só reviu os filhos anos depois, os dando duas opções: se juntar a ele ou morrer em suas mãos, isso após arrancar uma das de Luke.

Pelo menos Vader se redimiu no final ao eliminar o imperador, cumprindo a profecia e restaurando o balanço na Força, enquanto ensina o filho a não seguir os seus passos.

(é claro que “A Acensão Skywalker” estragou todo seu arco, mas fingimos que aquela atrocidade nunca existiu).


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pai duvidoso | jack torrance

Talvez não seja exatamente culpa dele que os espíritos do Overlook tenham tomado conta de si, afinal, Jack parecia realmente se preocupar com Danny em diversos momentos, por mais que a cara carrancuda de Jack Nicholson tornasse isso difícil de perceber.

O legal é que boa parte da narrativa de “O Iluminado” se alimenta da relação dos dois, pois Kubrick separa Danny de Jack e o aproxima de Wendy, nos tornando ainda mais distantes do vilão emocionalmente, por mais que sua decadência para a loucura seja fascinante.


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pai bom | Marlin

Curiosamente, “Procurando Nemo” é mais sobre Marlin e sua devoção completa ao filho do que sobre o personagem que batizou milhares de peixes ao redor do mundo.

Super-protetor e dedicado a achar o filho em um mar gigantesco, o ponto mais emotivo do filme é justamente quando Marlin percebe que precisa deixar o filhote voar - nesse caso nadar.


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pai duvidoso pra ruim | o fantástico sr. raposo

Um pai ruim praticamente conformado, o Sr. Raposo não hesita em mostrar que prefere o sobrinho ao filho, sempre pronto para aplaudir um e à lembrar o outro das próprias limitações.

E por mais que tenha seu momento de redenção próximo ao fim do filme, o objetivo de Wes Anderson é justamente mostrar que, como uma criatura selvagem, o Sr. Raposo se preocupa mais com os próprios instintos do que com a prole.


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pai duvidoso pra bom | ben - capitão fantástico

Por melhor que fossem as intenções de Ben e sua esposa afastando seus filhos de toda toxicidade superficial da “modernidade líquida” e da brutalidade capitalista em que vivemos, ainda estamos falando de um claro caso de home-schooling no meio de uma floresta extremamente perigosa.

No entanto, que pai não erra tentando proteger suas crianças baseando-se nas próprias falhas e assumindo saber o que é melhor para todos? No fim das contas, Ben passou por cima de seus princípios e valores acreditando no melhor pra eles.

Além disso, todas crianças tem nomes ótimos e únicos. Deve valer pra alguma coisa na escala de pais.


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pai ruim | frozen

Talvez não possamos chamar o pai de Elsa de ruim, propriamente, mas a verdade é que ele tranca a filha do resto do mundo porque ela não consegue controlar os poderes que a tornam especial.

Ao analisar “Frozen” e perceber que tudo isto é uma metáfora para a homossexualidade de Elsa (que, se a Disney for corajosa o suficiente, vai abordar no futuro), não podemos deixar de qualificá-lo como um pai, no mínimo inconsequente e incompreensível.


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pai bom | mahershala ali em Moonlight

O Juan de Mahershala Ali nem é o pai biológico de Chiron, mas assume o papel com dedicação e afeto, oferecendo cenas memoráveis como aquela onde ensina o menino a nadar - e também explica o conceito do filme.

Porém, é ao assumir a imoralidade de sua profissão e explicar para Chiron que jamais pode deixar ninguém julgá-lo por ser quem é, que Mahershala provavelmente colocou as mãos em seu mais do que merecido Oscar de Ator Coadjuvante.


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pai terrível | matilda

“Escuta aqui garota, eu sou esperto e você burra, eu sou grande e você é pequena, e eu estou certo e você errada” disse o pai de Matilda quando a criança o reprendeu por manipular o contador de quilometragem de um carro antigo para vende-lo como novo.

Fora isso podemos listar inúmeras da atrocidades cometidas pelo Sr. Wormwood, como não saber a idade da própria filha, negligencia-la o tempo inteiro, rasgar seus livros e a botar de castigo quando lhe convinha. A verdade é, de todos os pais ruins dessa lista e da história do cinema, provavelmente o Sr. Wormwood é a pior pessoa. Literalmente a única coisa boa que ele fez para matilda foi assinar os papéis de sua adoção.


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pai bom | call me by your name

Semelhante ao Juan de Mahershala, o Samuel de Michael Stuhlbarg não tem importância narrativa em “Me Chame Pelo Seu Nome” até os momentos finais, quando entendemos que, na verdade, é um dos melhores pais de todos os tempos.

Em um monólogo comovente, ele consola o filho e mostra que não apenas entende de suas dúvidas e arrependimentos, mas que os compartilha.


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Pai Duvidoso | Big Daddy

Em que contexto seria aceitável um pai dar tiros em sua filha criança, mesmo que ela estivesse com um colete a prova de balas, além de introduzi-la a todo tipo de arma e arte marcial? Nenhum, eu suponho.

Porém, quanto mais penso nisso, mais reconsidero o papel de Big Daddy como pai. Ele sempre aceitou a possibilidade que aquilo que decidiu fazer para viver poderia (e iria) matá-lo. Ao invés de deixar Mindy (ou Hit-Girl) completamente desprotegida e confusa caso isso viesse acontecer, ele simplesmente optou em traze-la para esse mundo. O resultado foi sua filha se tornando a maior assassina do mundo com a idade em que descobrimos que existem mais de um tipo de geometria. Não necessariamente algo para se elogiar, mas analisando as circunstâncias essa foi a melhor coisa que poderia acontecer.


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o pior pai | thanos

Pois bem:

  • Thanos sequestrou a pequena Gamora após aniquilar metade de seu planeta

  • Fez lavagem cerebral nela e em Nebulosa

  • Deserdou a primeira

  • Desmontou a segunda

  • Sacrificou a primeira

  • Quase matou a segunda

  • E ainda acha que fez o certo

É difícil ser pior pai do que o Thanos.


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pai top | chris gardner

Talvez a melhor interpretação da carreira de Will Smith seja justamente neste econômico, mas inesquecível filme onde Will interpreta Chris Gardner - um homem real - e as dificuldades que o mesmo enfrentou após se divorciar da esposa.

Talvez justamente pelo pequeno ser o próprio Jaden, Will tenha conseguido extrair ainda mais do personagem que, em meio à todas as dificuldades, ainda encontra espaço para transformar uma situação terrível em uma brincadeira fantástica aos olhos do filho, na melhor cena do filme.

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