Crítica | Deadpool 2

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Deadpool é sensacional. Essa frase não se refere somente ao personagem, mas também ao filme e à sua metalinguagem. Deadpool 2 é um filme de referências, seu roteiro as usa como base e suas melhores piadas não existiriam sem elas. Porém não é necessário ser um super fã de quadrinhos para entendê-las. 

Como o protagonista anuncia nas primeiras cenas, o filme é um "filme família". E é ao redor disso que a narrativa se desenvolve: Wade em busca da construção de sua própria. No entanto, devido ao grandioso êxito do filme anterior, Deadpool 2 deixa a narrativa em segundo plano e foca em comentar constantemente como o herói fez sucesso. Isso empobrece o roteiro e deixa a impressão de que nos primeiros 30 minutos de filme poucos fatos relevantes acontecem.

Contudo, a metalinguagem do filme é bastante divertida e garante risadas quase que unanimemente. A linha tênue entre realidade e ficção é completamente apagada em diversos momentos, que geralmente possuem um timing perfeito, mostrando o quão engenhosa e cuidadosa a produção do filme foi. 

Para os fãs mais apaixonados ainda há a introdução do mutante Cable. As cenas de ação entre ele e Deadpool são um dos destaques do filme. Bem coreografadas e inteligentes, utilizam da maleabilidade física de Wade para trazer comicidade para um momento bastante violento. Temos também a formação, ainda que falha, da X-Force, que nos presenteia com a personagem Dominó e suas hilárias sequências de ação.

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Deadpool 2, apesar de toda a violência e da classificação indicativa brasileira, acaba sendo de fato um "filme família" e cumpre bem o seu papel de ser um besteirol num universo de superheróis. O protagonista diz tudo que os entusiastas do gênero tem pensado e sentido com os últimos lançamentos cinematográficos e não perdoa nem a concorrência quando o assunto é fazer uma boa piada. E a cena pós-crédito vale cada segundo passado no cinema.

7.5

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