Crítica HQ | Deadpool massacra o universo Marvel

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Ler histórias em quadrinhos é mergulhar num universo completamente inédito e grandioso. Diferentemente de filmes ou séries, os quadrinhos têm uma composição única: sem uma pesquisa prévia, você nunca sabe se aquela história que você está lendo acaba ou começa a partir da primeira página da edição. Pode parecer loucura, mas é essa a graça das HQ's. O leitor tem que estar dedicado exclusivamente à esta ficção, acreditar nela. No caso de “Deadpool massacra o universo Marvel”, a edição começa e acaba ali mesmo.

O quadrinho, originalmente lançado em 2012, foi relançado em 2018 numa versão de capa dura com 100 páginas. Escrito por Cullen Bunn e ilustrado por Dalibor Talajic, “Deadpool massacra o universo Marvel” é uma saga em que o mercenário tagarela enlouquece após um encontro com o Homem Psíquico, que pretende formar um exército para dominar o mundo.

A trama começa com Deadpool sendo levado pelos X-Men para um tratamento psiquiátrico. Durante este tratamento, o doutor de Wade Wilson se revela ser o Homem Psíquico, que tenta converter Deadpool para o “lado negro da força”.

Ah, referências com Star Wars, hein outrahores? Beleza, agora tudo é da Disney mesmo... Em breve até este site será. – WILSON, Wade. Deadpool. O gostosão.

Deadpool, como de praxe, mata o Homem Psíquico. Porém alguma coisa muda dentro do mercenário após este encontro. Suas “vozes interiores” acabam se convertendo só em uma, que faz com que Wade Wilson enxergue o universo pela primeira vez exatamente como ele é, conforme a voz. A partir daí, sangue e mais sangue é jorrado através das armas e espadas do anti-herói.

Quarteto Fantástico, X-Men, Homem-Aranha, Vingadores, Justiceiro, o Treinador, o Homem-Coisa e até vilões como Venom e Duende Verde não conseguem escapar das mãos de Deadpool. Claro, para isso, muito sangue mutante do mercenário foi derramado ao longo da história.

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Cenas de ação, que envolvem herói x herói são sempre muito bem aceitas pelo público. E não é diferente nesta HQ. Ver os heróis mais famosos da editora sendo assassinados brutalmente, sem conseguir chegar ao ponto de acabar com o protagonista da saga, é de arrepiar.

A arte de Talajic é sensacional. O enredo feito por Bunn é criativo, apesar de meio clichê. Mas assim como os filmes do anti-herói, o interessante não está na história e sim nas referências e quebras de quarta parede. E cá entre nós, o final de “Deadpool massacra o universo Marvel” é uma baita sacada. A HQ deixa gostinho de quero mais. Não por ter um final aberto para possíveis continuações, mas sim por ser uma história tão bem contada que deveria ter mais de 100 páginas.

8,5

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