Crítica | Capitão América: O Primeiro Vingador
Sinceramente falando? Eu não sabia muito sobre o Capitão América antes desse filme. Sabia que Chris Evans, que fez o ''Tocha-Humana'' no não tão fantástico ''Quarteto Fantástico'', faria o papel do importante e patriota herói aqui, e também esperava, conforme a ''hype'' Marvel crescia em mim como no mundo inteiro, que o último filme pré Vingadores seria mais um a apenas ''preparar terreno''. Capitão América: O Primeiro Vingador, de alguma forma, consegue ser mais que isso
''O importante é o que está por dentro''. Esse é apenas um, dos muitos, clichês heroicos e um patriotismo inesgotável de Steve Rogers que aparecem aqui, e que são os que constroem um personagem tão carismáticos dentro das duas horas e cinco minutos de um filme que não se apressa em construir suas camadas.
Steve Rogers possui um desejo imensurável de servir o seu país, mas devido a seu físico, magro e esquálido, sempre é rejeitado pelo exército. Aqui já entramos no valor de produção de Capitão América, que é espantoso. A qualidade do CGI é incrível, e chega a ser assustador ver um Chris Evans tão magro. Sem imposição física nenhuma, mas com uma determinação enorme, Rogers se voluntaria para um experimento científico que criar super soldados durante a Segunda Guerra Mundial. É então que vemos um Chris Evans com um físico tão imponente que faz parecer efeitos visuais também, o que é um dos motivos que o fazem a escolha certa para o papel.
Saindo um pouco da segunda guerra mundial, e dando continuidade ao valor de produção do filme, o diretor Joe Johnston consegue explorar bem a época e o contexto em que a história se passa. Visualmente lindo e convincente, com um ótimo figurino, o longa se destaca tecnicamente, o que vem se tornando uma ótima qualidade da MCU.
Chris Evans está ótimo como Steve Rogers. O ator não apenas de destaca na representação corporal do herói mas também se torna, graças a um bom roteiro e uma boa atuação, alguém com quem nos importamos. Se Tony Stark nos ganha por sua excentricidade, Rogers nos ganha por sua inocência. Além da atuação de Evans, Hugo Weaving, interpretando o Caveira Vermelha, merece destaque. De uma forma caricata o vilão funciona e impõe certo temor. Fora os dois, temos um ótimo elenco de apoio. Tommy Lee Jones e Stanley Tucci estão ótimos e funcionam como alívio cômico. Já Sebastian Stan e Hayley Atwell, como Bucky e Peggy Carter, respectivamente, estão bem também e afloram o lado mais emocional possível de Steve Rogers, sendo extremamente importantes para a história.
Por último, a ação do filme impressiona. É ótima, bem ritmada e até pouco aproveitada. Se as batalhas aqui são visualmente bonitas e bem estruturadas, o filme em si peca com problemas de ritmo. Se em seu primeiro ato Capitão América não tem problemas em nos apresentar a história de Steve Rogers, no restante do filme explora pouco seus personagens ou sub tramas, que poderiam ser levadas mais a fundo, como o romance entre o herói e Peggy Carter ou a amizade entre ele e Bucky.