Crítica | Poderia Me Perdoar?
Melissa McCarthy e Richard E. Grant deveriam fazer mais filmes juntos.
Baseado no aclamado livro Poderia Me Perdoar? Lee Israel é uma escritora que após alcançar o sucesso, passa por um bloqueio criativo. Precisando de dinheiro, sem o incentivo de sua agente literária. Lee cria um esquema de falsificação de cartas de escritores famosos.
Sem grandes cenários, apenas Nova Iorque como outro lugar qualquer. Captando a essência da cidade que abriga tantos artistas se esforçando para sobreviver de sua arte. A estética do filme se relaciona com a vida de Lee. Não se importando com o glamour e sim com a história.
Sendo fiel a trajetória que Lee está passando, o roteiro, inicia maçante mostrando a vida dela estagnada. No momento em que sua vida toma outra rumo, organicamente a trama se torna eletrizante.
Por mais negativa que seja a ruptura, sempre é acompanhada de mudança.
A habilidade que Lee tem de escrever biografia e as cartas de terceiros, demonstra sua dificuldade de se abrir para o mundo. Se tornando uma protagonista interessante de acompanhar, pelo fato de evoluir durante sua caminhada. Retratando a autora, Melissa McCarthy entrega uma performance com profundidade. Apesar de parecer uma improvável escolha, foi certeira. Justificando as indicações para melhor atriz coadjuvante e melhor roteiro adaptado.
Interpretando o fiel escudeiro de Lee, Jack Hock (Richard E. Grant) ilumina a vida da autora trazendo um tom cômico, assim como faz com a história. Concorrendo ao Oscar, ao lado de Mahershala Ali se tornaram meus preferidos para categoria de melhor ator coadjuvante.