Crítica | Despedida em Grande Estilo
A premissa de criar um filme de comédia com atores da terceira idade e um histórico incrível já foi utilizada em 2013 com o filme "Última Viagem a Vegas". Mesmo com os renomados Morgan Freeman e Michael Caine, esse talvez não tenha sido a inovação, só mais um filme que conta a história entre três amigos e o desrespeito dos bancos americanos com relação aos idosos. Tudo pode acontecer de repente, relacionamentos, assaltos e uma motivação que de fato foi bem corajosa em ser mostrada, mas desta maneira o filme fica um tanto perdido. O longa se passa entre a linha da comédia e algo mais sério, com estes dois extremos tudo fica mais desfocado.
Talvez o que poderia ter tornado a verdadeira despedida, em um filme com mais coesão, seria um roteiro sólido. Indo mais pelo seguro, um diálogo mais coloquial e a colocação das piadas em cenas apropriadas para tal. O roteirista Theodore Melfi (mesmo roteirista do OK "Estrelas Além do Tempo") não foi uma grande escolha para o longa, a experiência de trabalhar com Octavia Spencer e Kevin Costner não passaram o conhecimento necessário para escrever neste projeto. A direção de Zach Braff foi optada pelo seguro, sequencias de "ação" e momentos para se pensar foram mais sólidos do que os próprios diálogos, em conclusão, uma direção normal para um filme normal.
Quando se assiste o trailer, e fitamos os olhos nos atores, logo criamos uma expectativa alta por serem quem são. O trio, Morgan Freeman, Michael Caine e Alan Arkin são os principais contracenando no longa, o foco maior é colocado sobre Caine, mas atuando ao seu lado está Freeman, um ator com um nível de atuação altíssimo capaz de desfocar qualquer um.
Como dito antes, o problema da 'Despedida em Grande estilo' foi o roteiro, os atores foram bem escolhidos e fizeram um trabalho bom, não chegaram ao excelente mas serviu para vê-los em cena juntos. Uma comédia pastelão com um cenário atual e piadas antigas, porém engraçadas.
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