Crítica | One Day At a Time (1ª Temporada)
Um remake com selo Netflix da série dos anos 70, a versão contemporânea de “One Day At a Time” nos faz transitar entre os limites do riso e do choro de forma magistral.
Com críticas sociais diversas e bem elaboradas, a série nos mostra a vida dos Alvarez, uma família cubana formada por Penelope (Justina Machado), uma veterana do exército americano, seus dois filhos adolescentes e sua mãe idosa. A série também aborda as relações da família em âmbitos profissionais e sociais, não focando somente no núcleo familiar.
O humor da série é consciente e atual, deixando bem claro quem é o público-alvo. As piadas algumas vezes parecem ter sido tiradas do Twitter, mas de uma forma positiva, pois são engraçadas e não-ofensivas. O grande trunfo da série, porém, é o fato de conseguir beirar o drama nos tópicos que aborda sem nos deixar de fazer rir escandalosamente.
A temporada inicial tem um arco centrado principalmente na quinceañera de Elena, a filha mais velha e super militante da família. É divertido ver como toda a preparação para o evento se dá, ainda mais pela diferença de ideias entre filha, mãe e avó. E a finalização desse arco na season finale é emocionante e torna difícil segurar as lágrimas.
Com conflitos geracionais sempre presentes, eles são utilizados para apresentar pontos de vistas diferentes sobre temas polêmicos. Há críticas de forma leve e emocionante sobre machismo, desigualdade salarial, imigração e deportação, transtorno do estresse pós-traumático, divórcio, depressão e aceitação. E isso tudo é condensado em apenas 13 episódios!