Crítica | Alma da Festa

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Com um elenco decente e um roteiro previsível, "Alma da Festa" comete um dos piores pecados que um filme de comédia pode cometer: não tem graça.

A sinopse é atraente e a premissa do filme é até interessante. Melissa McCarthy interpreta Deanna, uma mulher que, após ser surpreendida com o pedido de divórcio do marido, decide voltar a estudar na mesma faculdade que a filha.

O longa poderia ser um besteirol feminista empoderador e tem todos os elementos para tal, porém nenhum deles é bem desenvolvido. Com um elenco inchado, é difícil se lembra e se conectar a todas as personagens, que são construídas de forma supérflua e estereotipada.

A maioria das piadas contadas são de cunho sexual e infantil, qualquer aluno do ensino fundamental poderia tê-las escrito. E é essa a impressão que a “obra” nos entrega: qualquer um poderia tê-la escrito. Parece não haver esforço da equipe técnica e artística para agradar o espectador ou ao menos surpreende-lo. É como uma reciclagem mal feita de “Legalmente Loira” feita por um estudante universitário de Cinema bastante prepotente.

No entanto, há dois pequenos pontos positivos perdidos na caricatura perdida que o filme é: o plot twist que inicia o terceiro ato e aparição e performance da cantora Christina Aguilera.

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No mais, o filme torna-se esquecível e cansativo, provando que Melissa McCarthy é melhor atriz do que roteirista e sua parceria com Ben Falcone deveria permanecer puramente matrimonial, e não profissional.

“Alma da Festa” pouco surpreende e pouco diverte. É o tipo de filme que não vale a pena pagar para ser visto no cinema, mas também não prende o espectador para ser visto em casa.

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