Crítica | A Torre Negra

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Com uma expectativa alta para assistir uma obra de Stephen King, veio uma queda maior ainda. A pergunta que me fiz do início ao fim foi, como eles conseguiram fazer isso? Uma história tão bem elaborada feita pelo escritor, que se preocupa tanto que os leitores tenham empatia com os personagens, foi esquecida completamente pelos roteiristas. Um dos maiores pecados do filme foi a sua narrativa e a forma incorreta que foi passada a inserção, tornando os mundos mais perdidos para o espectador. 

"EU NÃO MIRO COM A MINHA MÃO. AQUELE QUE MIRA COM A MÃO ESQUECEU O ROSTO DO SEU PAI. EU MIRO COM O OLHO. EU NÃO ATIRO COM A MINHA MÃO. EU ATIRO COM A MINHA MENTE."

Grande parte dos personagens são descartáveis e desaparecem sem nenhuma explicação plausível. Somente três importam, Roland (Idris Elba), Jake (Tom Taylor) e o homem de preto (Matthew McConaughey). Um filme com três personagens, em que um não consegue manter o seu papel da melhor maneira, caso de Tom Taylor; Elba, que não demonstra todo o seu potencial como pistoleiro (embora eu estava bem ansioso para vê-lo nesse papel);  McConaughey, e apenas ele, consegue dominar as cenas e passar tudo o que o homem de preto deve passar. 

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O conjunto da obra me passou a ideia de um filme mal explorado, má utilização de personagens, falta de alguns elementos (mais por parte do garoto Jake) como emoção, surpresa e muitos outros fatores. Muitas perguntas ficaram no ar e a tentativa de tornar complexo o universo do Mundo-Médio se tornou falha. O ponto positivo é a ação, momentos do pistoleiro mostrando suas reais habilidades além de ficar se lembrando do passado. Os poderes do homem de preto são realmente opressores, passando medo e tensão para a trama e quem assiste.

Um MAU USO DA OBRA DE STEPHEN KING PARA MAIS UMA ADAPTAÇÃO.

O autor deve estar mais uma vez insatisfeito com o desenrolar de uma de suas histórias. Definitivamente não foi uma boa adaptação para a tristeza dos fãs dos livros e para os espectadores que irão assistir nos cinemas. O desfecho me lembrou muito o filme "R.I.P.D. - Agentes do Além", que é de fato um filme muito tosco e perdido. É triste quando uma obra desta magnitude, como "Torre Negra", acaba virando um filme meia boca. Em setembro teremos mais uma adaptação de Stephen King, "IT", e torcemos para que seja melhor que a primeira. 

4.2

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