Crítica | Planeta dos Macacos: O Confronto
Agora com a casa dominada por outro diretor, "Planeta dos Macacos: O Confronto" dá sequencia na história de Rupert Wyatt. Com o domínio nas mãos de Matt Reeves, o filme é mais agitado, mas também podemos dizer que mais "humano". O vírus agora se espalhou pelo mundo tornando a vida humana mais difícil.
Aqui temos a mesma profundidade na história do seu antecessor e um grande peso pela parte da atuação do elenco, graças à Gary Oldman como Dreyfus, e o eterno Andy Serkis no papel de Caesar.
A tecnologia utilizada nesta franquia vai além de qualquer potência em efeitos visuais, o realismo dos macacos está mais avançado e as cenas de luta foram mais convincentes, tirando poucas exceções. Quanto a história do filme encontramos dois lados, dos humanos e dos macacos, ambos com um líder representante. Do lado dos humanos temos Malcolm e dos macacos Caesar, e os dois expressam as mesmas vontades pela paz. Ambos os lados também possuem seus antagonistas, Dreyfus interpretado por Gary Oldman no lado dos humanos e Koba interpretado por Toby Kebbell dos macacos. O filme trás um equilíbrio bem forte com relação a paz e guerra, mostra que talvez os homens não sejam tão bons a ponto de merecerem a paz e vice-versa.
Praticamente tudo no filme é espelhado, a sociedade de ambas as partes possuem aspectos idênticos, os macacos também possuem soldados prontos para perderem a vida por um líder. O que ficou bastante interessante foi o fato de que os macacos não puxaram somente a sabedoria avançada, mas também a traição e a vontade pelo poder. O filme se torna uma crítica social. O ódio que evoluiu em Koba desde sua primeira aparição na "Origem" foi bem desenvolvido. É uma franquia que ocorre no futuro nos mostrando o que seriamos se agíssemos como no passado, implicando as diferenças entre espécies e a vontade do poder por exterminar o inimigo.
Tudo se desenrola de maneira espontânea, os diálogos são bem inteligentes fechando com um belo conjunto e uma batalha que nos faz sentir medo, quem sabe um dia isso possa acontecer? Uma guerra que defina qual espécie sobreviverá. Este é o segundo filme de uma trilogia que está redonda, poucas falhas e uma bela história.