Crítica | Dynasty (1ª Temporada)

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O remake moderno da novela dos anos 80, “Dynasty” se apresenta como a mistura improvável de “Gossip Girl" e “Revenge”.

Ambientada em 2018, “Dynasty” nos mostra as vidas e as intrigas das famílias Carrington e Colby, ambas donas de impérios bilionários. Com Elizabeth Gillies como Fallon Carrington, temos a primeira de uma longa lista de fortes personagens femininas que a série traz. A protagonista não é somente uma “menininha rica e mimada”, Fallon é ambiciosa e inteligente. E sua primeira antagonista e futura madrasta, Cristal Flores, mantém o nível.

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A série perpetua esteriótipos no formato de seus personagens, mas também há bastante diversidade retratada. Temos dois personagens gays no elenco principal cujos conflitos pessoais não são em relação às suas sexualidades. E mesmo os Carrington sendo uma família branca que faz parte do 1% detentor das riquezas do mundo, Fallon, Steven e Blake tem seus relacionamentos mais íntimos com pessoas racializadas.

Como uma clássica novela, ganhamos todos os clichês: sexo, assassinatos e corrupção. A narrativa se desenvolve através da construção de relações entre os personagens e nos mostra como elas mudam de acordo com as necessidades de cada um.

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A temporada se estabelece bem dentro de seus 22 episódios. A trama é simples, dentro do padrão do gênero, e levemente provocativa, o que garante que os episódios entreguem àquilo a que se cumprem. E pela grande quantidade de personagens no elenco principal, há sempre uma nova reviravolta surpreendendo de forma criativa do piloto ao season finale.

Com doses de mistérios, drama e comédia bem medidas, “Dynasty” nos traz entretenimento leve e bobo, porém de qualidade. A ótima construção climática dos episódios e da temporada em si, é o que impede que a série chegue ao nível pastelão sem abrir mão de suas características fantasiosas e novelescas.

8.5

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