Quem Leva | Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante

Seus filmes não seriam os mesmos sem elas, por mais que as vezes esqueçamos o tamanho de sua importância. Com duas vencedoras de outras edições, duas novatas na premiação e com uma das atrizes mais injustiçadas da história do Oscar, a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante é uma das mais fortes do ano.

Por conta disso, é difícil dizer que alguma outra atriz tenha sido esnobada este ano, apesar de que os nomes de Elizabeth Debicki (“Viúvas”) e Linda Cardellini (“Green Book”) possam ser mencionados.


As Concorrentes


Regina King | Se a Rua Beale Falasse

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Regina King interpreta a mãe de Tish (Teyonah Paris); Sharon Rivers. Como a maioria dos personagens desta desoladora e melancólica trama, assistimos progressivamente o desgaste que a injustiça traz para a vida dos envolvidos. Especialmente para Sharon que faz tudo ao seu alcance para auxiliar a filha e o cunhado; com sua prisão injusta.

Esta é a primeira indicação da atriz.

Amy Adams | Vice

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Amy Adams é uma das atrizes mais talentosas e ativas de Hollywood. Faz algum tempo em que seu nome está incluso no elenco dos filmes comentados do ano, e também sendo indicada para os prêmios cinematográficos mais emblemáticos.  Dois mil e dezoito, protagonizou a série aclamada pela crítica e público “Sharp Objects” e o filme “Vice”.  Ao lado de Christian Bale, interpreta a esposa de Dick Chenney; Lynne Chenney. Demonstrando a relevância que essa mulher teve para ele chegar ao poder. Entregando uma performance sobre a ganância e egoísmo que existe no poder político, e a influencia que envolve todos do meio. É curioso o fato de Amy não possuir um Óscar, não parece que esse será seu ano de levar para casa. 

Indicada para Melhor Atriz Coadjuvante previamente por “Retratos de Família (2005)”, “Dúvida (2008)”, “O Lutador (2010)”, “O Mestre (2012)” e para Melhor Atriz por “Trapaça (2013)”.

Emma Stone | A Favorita

Pisando fora de sua zona de conforto, retornando para comédia pela primeira vez como vilã. No filme “A Favorita”, Emma Stone disputa com Rachel Weisz pelos privilégios de ser a preferida da rainha. Incorporando uma jovem manipuladora, fria, calculista e cômica. Seu famoso olhar de louca continua lá, mas a energia que ela entrega mostra que a atriz ainda continua a aprimorar suas habilidades.

Indicada para Melhor Atriz Coadjuvante previamente por “Birdman (2014)” e vencedora do prêmio de Melhor Atriz por “La La Land (2016)”.

Marina de Tavira | Roma

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A bem estabelecida atriz mexicana encontra o papel de sua vida como uma mãe que, apesar de inseguranças e impulsividades, só quer fazer sua família feliz. Há na personagem de Marina de Tavira afeto verdadeiro por aqueles a sua volta, mas também uma barreira auto imposta para se adequar as normas da sociedade quanto a empregados e as famílias que servem, e ela passa isso por de trás de suas diversas mudanças forçadas de humor por conta das situações em que se encontra. É um excelente trabalho, mesmo que ofuscado pela grandiosidade geral de “Roma”.

Esta é a primeira indicação da atriz.

Rachel Weisz | A Favorita

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Em A Favorita, Rachel Weisz interpreta a conselheira e amante da rainha. A atuação de Rachel é profunda, desenvolvendo ao longo do filme uma personagem feminina de extrema força, um fator importante e relevante para o cinema. Ao lado das atrizes Emma Stone e da impressionante Olivia Collmann apresentam “ A Favorita” como um dos melhores e inovadores filmes do ano. 

Vencedora do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por “O Jardineiro Fiel (2005)”.


Quem Deveria (e vai) Ganhar: Regina King

É uma das categorias mais curiosas deste ano. Rachel Weisz, vencedora do prêmio mais de uma década atrás em sua única indicação e Marina de Tavira correm (muito) por fora, tanto pelo lob de seus filmes como pela narrativa das duas favoritas. Emma Stone deveria estar concorrendo na categoria principal, pois faz claramente (e muito bem) a personagem principal de “A Favorita”, mas sua vitória dois anos atrás a coloca um tanto atrás de Amy Adams e Regina King.

Adams é um daqueles casos curiosos. Indicada cinco vezes previamente e sem nenhuma vitória, muitos a chamam de a “versão feminina de Leonardo DiCaprio” e o apelido cabe, pois a atriz é uma das melhores de sua geração e no ano em que fez duas performances dignas de ganhar o prêmio (“Animais Noturnos” e “A Chegada”, ambos de 2016) foi completamente esnobada até mesmo de uma nomeação. Isso pode pesar a seu favor, mas Regina King levantou os principais prêmios até agora e a incompreensível ausência de “Beale Street…” nas principais categorias deve lhe render seu primeiro Oscar merecidamente.

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