Crítica | Alien: Covenant

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Após a decepção que foi "Prometheus", Ridley Scott não desistiu e deu início em sua continuação "Alien Covenant". Com o toque de inquietude e um horror claustrofóbico, tais ocasiões conseguem carregar a trama, mas quando nos deparamos com algumas respostas para a história logo nos lembramos do filme de Sci-Fi anterior do diretor, e percebemos que é a mesma fórmula, o que pode deixar a desejar. 

Os personagens são descartáveis assim como no seu antecessor, com exceção de Katherine Waterston e Michael Fassbender. O dialogo inicial entre David (Michael Fassbender) e Peter Weyland (Guy Pearce) foi um bom começo para sabermos o que esperar do desenvolvimento do androide. Lembrando que David é um androide dentre diversos que foram fabricados, porém, começou a se questionar, algo que não deveria ser permitido. A relação entre a tripulação é conturbada, envolvendo uma missão de instalar um posto avançado no planeta Origae-6. Algo tão importante neste nível deveria preparar a equipe para momentos fortes, já que estão sozinhos no espaço, e podem ocorrer desavenças. A bordo de Covenant (nome dado a espaçonave) encontramos outro androide do mesmo modelo de David, seu nome é Walter, também interpretado por Fassbender. Alguns atos tomado pelos personagens levam a um desastre, tanto do filme quanto do enredo. Por que ir no planeta que já sabemos que é seguro se podemos ir num completamente desconhecido?

Os mesmos erros cometidos pelo diretor no filme anterior são cometidos neste. Um começo razoavelmente bom, um desenvolvimento não muito envolvente e um final bastante previsível. A protagonista do filme, Daniels (Katherine Waterston), mostrou quase o mesmo girl power que Sigourney Weaver no filme "Alien, o Oitavo Passageiro". A diferença entre as duas foi a atuação da nossa protagonista parecer forçada demais tentando ser aquela personagem corajosa e impetuosa, mas apesar disso, faz um bom trabalho, deixando nítido que todos personagens são descartáveis assim como no seu antecessor, com exceção dela e Michael Fassbender. 

Temos que admitir que o visual do Alien esta muito bom e bastante evoluído. Os efeitos visuais do filme e a fotografia também são pontos positivos, junto com os efeitos sonoros e a trilha, que combinam com o tom e dão o peso necessário para um longa desse gênero.

Continua sendo um filme de terror que pode trazer tensão aos cinemas, mas após estes momentos, a história pode se tornar bastante fraca. "Alien Covenant" pode ser um recomeço para a saga, porém poderiam repensar na direção e voltar mais nas origens dos Aliens, sem adicionar uma civilização nova. O filme envolve, por isso vale a pena assistir pelo menos uma vez, e é isso. Ridley Scott não acertou a mão neste novo longa mas já esta muito melhor do que seu antecessor.

6,5

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