Crítica | O Melhor Está Por Vir
Um dos melhores filmes sobre amizade em muito tempo.
“O Melhor Está Por Vir” é um filme de comédia dramática que trata sobre o fim da vida. Dois amigos de infância completamente diferentes, Arthur Dreyfus (Fabrice Luchini), um médico, divorciado um pouco obsessivo por ter a vida conforme seus planos e que as pessoas façam as coisas da maneira que ele acha adequado, com uma dificuldade imensa de se comunicar e Cesar Montesiho (Patrick Bruel), que ao contrário de seu amigo, vive uma vida de dívidas. Arhur descobre que o amigo está terminalmente doente, mas ao contar para o Cesar, ele acaba pensando que é Arthur que vai morrer. Esse quiprocó é o enredo do filme, quando Arthur decide não tentar mais convenver o amigo que está doente e só passar o tempo que restar juntos, pois como um sempre fala para o outro, eles não têm mais pessoas para comparecer aos seus velórios.
Engraçado e sensível de modo que por mais triste que seja a história, ela entregada de forma leve e divertida. A jornada dos dois, realizando os últimos desejos um do outro acaba transoformando os dois, ajudando arrumar problemas do passado para morrer em paz. O roteiro cômico harmoniza com as boas atuações dos dois protagonistas e entregam um filme divertido, em que o subtexto é triste e o texto engraçado, fazendo cada momento ser aproveitável. Tratando de temas como perdão, divórcio e paternidade, ele não ousa em desenhar contornos difíceis para as relações dos personagens durante sua vida. Enfatizando as diferenças entre os dois para entendermos que amizades baseadas no amor acima de semelhanças ou desavenças de vida.
No final do filme, há um sentimento misto de apreensão e esperança, assim como certa saudade dos amigos que se acumulam durante a vida e vontade de acertar problemas passados, o que significa que o filme é super competente em passar mensagens simples e subjetivas que se relacionam com as vidas das pessoas.