Crítica | Distrito 9
Empolgante, repetitivo, mas criativo.
“Distrito 9” é um filme dirigido por Neill Blomkamp, sobre Aliens Camarões gigantes. Brincadeiras a parte, a história nos conta que três décadas atrás os alienígenas chegaram em nosso planeta e, sendo impossibilitados de voltar devido a um erro na nave mãe, eles são confinados em uma espécie de cidade/vila chamado Distrito 9. Lá dentro eles desenvolvem seu próprio comércio, mercado negro e armamentos. A questão é que existem muitas revoltas dos humanos acontecendo ao redor da cidade de Joanesburgo, que fica logo abaixo da grande nave, e a solução encontrada é emitir uma nota de despejo dos camarões para uma instalação do governo (um campo de concentração) própria para a raça.
Sim, Distrito 9 é um filme muito criativo e divertido. Os movimentos de câmera, que dão a impressão de um pseudo documentário, são fantásticos. O filme usufrui de um tema bem desgastado nas histórias ficcionais, entretanto essa questão alienígena é ludibriada com a técnica do pseudo documentário. Além disso temos um personagem principal com um arco lindo de se ver, que varia entre positivo e negativo muitas vezes. Ele não é um herói, muito menos um vilão, é um cara babaca, que merece tudo o que ele passa, mas o mesmo babaca tem uma transformação muito gostosa de se acompanhar.
Um grande problema de distrito 9, é a impressão que passa que seu diretor não dominou muito de seu mundo ficcional, os camarões são completamente desperdiçados. O seu passado, manias e especificações são mínimas. Uma grande raça foi criada, que poderia ser muito bem explorada, mas a impressão que nos passa é que foi apenas um artificio para ilustrar um conflito bobo entre humanos idiotas, racistas e egoístas, muitas explosões e falas EXTREMAMENTE clichês.