As 6 Melhores Adaptações de Vídeo Games para o Cinema
Fazendo algo diferente dessa vez, decidimos não listar os usuais 10 melhores filmes do tema escolhido por motivos de… Não conseguimos pensar em quatro outros candidatos que não fossem péssimos em excesso para figurar na lista.
É uma tristeza, mas quando se trata em adaptar vídeo-games para a tela, nem Hollywood nem ninguém ao redor do mundo chegou perto de conseguir um resultado realmente satisfatório, talvez por conta de que, ao assistir um filme baseado no seu jogo favorito, você perde o que mais gosta desse jogo: o controle do que acontece na tela.
Não foi realmente difícil montar a lista, pois, fora os seis filmes escolhidos, temos apenas bomba atrás de bomba, mesmo que a grande maioria da lista não seja exatamente boa.
Mais uma da série “entre dois mundos” concebida pelas excelentes equipes de tradução de títulos para o cinema brasileiro, o longa que traz uma das maiores febres da história dos games online consegue fazer algumas coisas boas. Um CGI dedicado, um bom cenário, fidelidade visual em relação ao jogo e um bom olho do diretor Duncan Jones.
Porém, a história enche-linguiça, criada apenas para mover a narrativa sem qualquer dedicação em fazer algo interessante por si só, fazem o filme conseguir apenas se distanciar do péssimo pelotão traseiro. Ainda é a adaptação que mais rendeu nas bilheterias, mesmo que mal tenha conseguido pagar a própria produção.
Parece ridículo, mas a primeira adaptação de Mortal Kombat, sim, aquela que você já achava boba quando criança, é uma das melhores coisas que o gênero tem a oferecer.
Inegavelmente divertido, com visuais apropriadamente lúdicos e cenas de ação ridículas o suficiente para funcionarem (ainda mais nos anos 90) e sucedendo em trazer, até certo ponto, o mundo surreal da franquia a vida. Porém, a falta de história já presente nos jogos não foi corrigida aqui e, apesar de que a simples ideia de juntar todos eles em um torneio e os fazer lutar até a morte é o suficiente para que você compre esta adaptação, a atuação consistentemente péssima de todos os atores e diálogos risíveis impede o longa de fazer qualquer coisa se não ser quase uma piada - muito divertida e agradável - de si mesmo.
The Rock ama filmes onde coisas estão sendo destruídas. Filmes onde coisas estão sendo destruídas amam o The Rock. O cinema não necessariamente ama esse amor, mas quem pode nos culpar por sentir diferente?
“Rampage” não é nada além do que pretende ser: um monte de monstros destruindo cidades enquanto um dos principais atores da história a interpretarem a si mesmo em todos os seus filmes tenta resolver uma premissa que tenta, ao menos, justificar as ações na tela. Não há muito o que dizer, o trabalho de CGI é bem feito e o filme é divertido e nada ambicioso, o que já o torna muito melhor que quase todos os seus concorrentes. E, é claro, o carisma de Dwayne Johnson é inegável.
Injustamente criticado por machistas online por trazer uma atriz sem a mesma imagem de símbolo sexual de Angelina Jolie, o reboot estrelado pela ótima Alicia Vikander é menos divertido que os jogos em que se baseou, mas é um dos poucos casos de um filme baseado em games que é quase bom. Quase.
O norueguês Roar Uthaug tem um ótimo controle das cenas de ação e a tentativa de trazer a franquia para um tom mais realista é bem vinda em meio à tantas adaptações jocosas e, mesmo que Vikander ainda não tenha encontrado da melhor forma sua personagem, substitui bem Angelina. A história, no entanto, é mais do mesmo e existe apenas para que o filme possa também, um emaranhado de clichés que, como dito antes, deixam o filme em um agridoce quase.
Bem, pelo menos temos alguma esperança que uma sequência eleve o material.
Qualquer lista com a palavra “melhor” que traga um filme baseado nos Angry Birds ou deve estar muito errada ou… bem.
Criando uma espécie de mundo fictício onde as ações do jogo façam qualquer sentido, o filme veio pelo menos uns quatro anos muito tarde e a presença de algumas piadas de cunho adulto na produção são de fazer qualquer mãe levantar as sobrancelhas, mas, inacreditavelmente, há coisas a serem aproveitadas aqui.
O trabalho de CGI é sólido, trazendo belas composições e dando vida à ideias suficientemente criativas para o cenário específico e, com um bom elenco de voz (Jason Sudeikis, Kate McKinnon, Sean Penn, Peter Dinklage, entre outros) são uma hora e quarenta minutos que passam quase sem te cansar e, ocasionalmente, podem tirar alguns sorrisos de fãs ávidos da saga.
Sim, o primeiro e até agora único filme baseado em Vídeo Games que pode ser considerado ao menos bom foi lançado há menos de um mês. Caso você seja sortudo e consiga achar cópias com o idioma original no Brasil, vá assistir esse filme, mesmo que não tenha crianças para usar de disfarce.
Apesar de não ter uma premissa significantemente melhor que qualquer dos outros desta lista, o filme dirigido por Rob Letterman consegue se sobressair em, justamente, fugir das dinâmicas clássicas do jogo e mostrar que o vasto universo criado para a franquia pode conter histórias paralelas interessantes o suficiente para serem contadas. Mais que isso, a inventividade em trazer os monstrinhos de forma realista para a tela e o excelente trabalho de CGI em suas criações dão vida à produção que, a todo momento, entende que o tom nunca pode ficar sério ou cômico demais, encontrando um balanço perfeito para retratar a bizarrice desse mundo.
Apesar de abrir para possíveis sequências, é um filme que funciona por conta própria e que, de certa forma, deixa muitos fãs com gosto de quero mais. E, é claro, ter um Pikachu interpretado pelo Deadpool é o tempero que faz deste o melhor filme baseado em vídeos games na história do cinema. Mesmo que isso, ainda, não queira dizer muita coisa.