Crítica | As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian

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Há treze anos atrás “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” vieram com a premissa de “ocupar” o espaço deixado pela trilogia do Senhor dos Anéis de filmes de aventura fantástica. Seu antecessor, “As Crônicas de Nárnia: Principe Caspian”, acabou cumprindo melhor esse papel, mas, mesmo assim, ainda apresenta erros como no primeiro filme.

O segundo filme da trilogia, lançado há dez anos, se passa um ano após os acontecimentos do primeiro filme para o quarteto de irmão, no entanto, para os narnianos, já teriam se passado mais de 1300 anos. Acompanha a história do príncipe herdeiro dos telmarinos, Caspian, que acaba de sofrer um golpe de estado de seu maléfico tio e foge para o meio da floresta, onde acaba encontrando alguns narnianos não extintos e tocando a trompa, que chama os irmãos Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia para as terras mágicas novamente.

O trabalho do diretor, Andrew Adamson, que também dirigiu o primeiro filme, é consistente ao nos mostrar a nova Nárnia  pós a era dos heróis, onde muitas das criaturas desapareceram e grandes ruínas se formaram nos lugares dos grandes palácios. Os planos aéreos e, principalmente, as cenas de ação acabam se tornando os grandes destaques do filme, sendo muito bem executadas e conseguindo deixar o espectador apreensivo e com a atenção totalmente voltada ao longa, que, apesar de ter quase três horas de duração, não chega a passar essa sensação.

No entanto, o roteiro acaba pecando em alguns detalhes ao deixar quase todos os personagens com histórias rasas, tornando muitos deles superficiais. Um exemplo é o do antagonista do filme, o Rei Miraz, que acaba por se tornar um vilão clichê com motivos já vistos antes em outras histórias.

Outro ponto fraco são as atuações da maioria dos protagonistas, que muitas vezes parecem não demostrar reação ou expressão alguma, ou como no caso de Ben Bernes (que interperta o Principe Caspian) que acaba exagerando em sua performance, transformando alguns momentos dramáticos em cenas de vergonha alheia, não passando a imagem de líder que Caspian deveria ter. Uma das exceções é Peter Dinklage (atualmente mais conhecido como o icônico Tyrion Lannister em Game of Thrones) que demostra o grande talento que tem ao interpretar o narniano Trumpkin, roubando a cena muitas vezes dos irmãos Pevensie. A pequena Georgie Henley também faz um trabalho bem feito como Lúcia, ao conseguir passar todo o amor e encanto que sua personagem tem pela terra mágica.

Diferente de seu antecessor, “As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian” mostra um amadurecimento, deixando o tom da película mais adulto, mas ainda apresenta algumas falhas em sua execução. No entanto, faz um bom trabalho como sequencia, inclusive superando o anterior em diversos aspectos. 

7,5

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