Crítica | Obsessão
Em algumas histórias, o lobo mau pode ser a Vovozinha.
Frances (Chloe Grace Moretz) é uma jovem que recentemente perdeu sua mãe e se muda para Nova Iorque. Em uma noite, retornando de seu trabalho encontra uma bolsa no metrô. Procura pela do dona do objeto; Greta (Isabelle Huppert), com quem desenvolve uma improvável amizade.
A vulnerabilidade e a solidão permitem à suscetibilidade a manipulação. Frances em luto pelo falecimento de sua mãe, fez sua amizade com uma total estranha florescer rapidamente. Vendo em Greta não só uma amiga, mas como uma figura materna. Apesar dos avisos prévios de sua amiga e colega de quarto; Erica (Maika Monroe) sobre a estranheza do interesse de uma mulher mais velha querer manter uma relação com a jovem e que sua inocência a levaria à ruína foi inútil.
Em uma cidade super lotada como Nova Iorque, seus habitantes por estarem presos em suas rotinas estressantes. O individualismo é um fator que se excede. Onde se opta por não se preocupar com o o próximo. A falta de comunicação entre os personagens demonstra que apesar de sempre conectados virtualmente. Não tem a noção do que se passa em suas vidas reais. O contentamento com o afastamento da era moderna líquida.
Com a descoberta das reais intenções de Greta, o rumo e a intensidade do thriller psicológico deixa o espectador estreitamente perturbado. O cinismo compulsivo de Isabelle Huppert e o pânico de Moretz. Garantem perplexidade do descaso nas circunstâncias.
Um dos aspectos que enfraquece a potencialidade das atuações é o cunho dos diálogos, especialmente de Erica,no qual o conteúdo das falas destoa do todo. Paradoxalmente, essa personagem possui alguns dos melhores traços de personalidade.